É uma bela manhã de verão, você acorda, se arruma e decide que é dia de relaxar e desfrutar de todas as coisas boas a que a natureza tem a oferecer. E é justamente quando você relaxa e se esquece de todos os problemas que seu cérebro fica mais desatento, e sinais de alerta de que algo está errado podem passar despercebidos. Mas eles estão lá, e notá-los pode ser uma questão de vida ou morte.
CABELOS EM PÉ
Ter medo de trovões e relâmpagos é relativamente comum. Barulhos de trovões e relâmpagos cegantes em meio a um cenário de escuridão podem ser assustadores. Ser atingido por um raio é raro; uma vez que as estatísticas indicam que as chances de ser atingido por um são próximas a uma em um milhão. No entanto, vítimas infelizes geralmente sofrem ferimentos graves e consequências fatais. A boa notícia é que os raios às vezes nos avisam antes de atingirem, dando tempo para fazermos algo.
Era para ser uma foto normal dos irmãos sorridentes em um fim de tarde chuvoso, mas mal sabiam eles que os cabelos em pé eram um lembrete de que estavam a segundos de serem atingidos por um raio enquanto escalavam uma montanha no Parque Nacional das Sequoias Gigantes, na Califórnia. Mas infelizmente, os irmãos da foto não perceberam isso, e enquanto tiravam uma foto e se divertiam com o fenômeno, poderiam ter se salvado.
Um dos sinais que um raio vai atingir uma pessoa é um efeito de arrepiar os ossos que faz com que o cabelo da vítima fique em pé. Se você perceber isso, deve se agachar o máximo que conseguir, e nunca deitar no chão. Coloque as mãos sobre as orelhas para minimizar a perda de audição por causa do alto estrondo do trovão que vai passar bem perto de você. Se apoie somente sobre a parte frontal de seus pés. E encoste seus calcanhares. Se a eletricidade do chão entrar através do seu pé, isso aumenta as chances de que ela entre por um pé e saia pelo outro em vez de passar pelo resto do seu corpo.
Mas os irmãos não fizeram nada disso. Logo após a foto ser tirada, o menino mais novo foi atingido e sofreu queimaduras de terceiro grau nas costas e cotovelos. Em um relatório após o incidente, o irmão mais velho à direita explicou a situação na época: “Ele desmaiou e se ajoelhou. A fumaça estava saindo de suas costas. Corri até ele e verifiquei seu pulso e respiração… Ele ainda estava vivo. Apaguei as brasas em suas costas e cotovelos e o carreguei pelo caminho de volta”. Felizmente, ele teve a sorte de poder contar a história.
RECUO DO MAR
Você está na praia relaxando em uma tarde de verão, quando percebe que o barulho das ondas para. Você olha, e vê que o mar está recuando, como se uma força desconhecida o estivesse puxando. Se esse for o caso, você está na iminência de um tsunami. Além de tremores de terra que geralmente antecedem um evento como esse, o recuo do mar é o sinal mais evidente de que uma onda gigante se aproxima. O recuo traiçoeiro das águas é visto até com curiosidade por banhistas que se divertem nas areias da praia, sem imaginar a tragédia que aponta no horizonte. Então, se algo do tipo acontecer, você já sabe: corra – para longe e se puder para o alto.
Do recuo do mar até a onda chegar, se vão cerca de 10 minutos. A maioria dos tsunamis é desencadeada quando os terremotos próximos ao fundo do mar deslocam uma grande quantidade de água, que é empurrada como uma série de ondas que se movem em todas as direções. Erupções vulcânicas submarinas, deslizamentos de terra e até mesmo meteoritos também podem provocar tsunamis.
LUZES NO CÉU OU ANIMAIS INQUIETOS
Quando um terremoto de magnitude 8.1 atingiu o México em 2017, imagens assustadoras de luzes verdes e azuis no céu pipocaram nas redes sociais. As chamadas luzes de terremoto foram mais um exemplo misterioso de um fenômeno que tem confundido os especialistas por centenas de anos. Essas luzes são relativamente raras, mas difíceis de explicar. Para complicar as coisas, os exemplos de luminosidade em torno dos terremotos não parecem todos iguais, e às vezes acontecem antes de um abalo sísmico, que é quando você precisa encontrar abrigo. Uma das hipóteses para explicar as luzes são cargas elétricas ativadas em certos tipos de rochas durante ou pouco antes da atividade sísmica, como se você ligasse uma bateria na crosta terrestre. Mas como essas luzes só acontecem instantes ou durante um terremoto, talvez seja melhor analisar o comportamento de animais.
Antes do terremoto principal, uma série de tremores menores podem acontecer, e os animais são particularmente mais sensíveis a esses movimentos da crosta terrestre do que nós. Depois do terremoto e do tsunami devastador no Oceano Índico em 2004, quase nenhuma carcaça de animal selvagem foi encontrada. Aparentemente, eles fugiram para o interior das ilhas antes do desastre. Além disso, o terremoto na Virgínia, Estados Unidos, em 2011 foi detectado pelos animais no Parque Zoológico Nacional em Washington. A maioria dos animais reagiu aos tremores com uma inquietação geral, e os macacos subiram nas árvores alguns minutos antes de os tremores serem notados pela equipe do local.
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