Muito tem se ouvido falar da tecnologia 5G nos últimos meses, e, com isso, veio uma série de preocupações com o risco à saúde dessa rede nova e mais poderosa. Diversos sites e vídeos no YouTube dizem que o 5G está repleto de radiação que provoca efeitos danosos nos seres humanos. Alguns dizem que a nova rede de radiofrequência pode danificar o DNA e levar ao câncer, Causar danos oxidativos, envelhecimento prematuro, interromper o metabolismo celular, entre outras coisas. Parece preocupante, não é? Mas afinal de contas, o que é verdade ou mentira em meio a tantas informações controversas? Vamos esclarecer algumas coisas sobre essa nova tecnologia, e se de fato ela é perigosa ou não para a nossa saúde.
Antes de abordarmos os possíveis efeitos que o 5G traz para a saúde, primeiro precisamos entender o que ele é. O 5G já foi anunciado há alguns anos, mas só recentemente as operadoras iniciaram o processo de lançamento do novo padrão sem fio. Alguns países já vem implantando antenas, embora a disponibilidade generalizada ainda esteja a um ano ou mais de distância. Mesmo assim, a maioria das smartphones de última geração já vem preparados para essa nova tecnologia, como o Galaxy S10 e o Galaxy Fold da Samsung, bem como os modelos top de linha da LG, Huawei, Motorola, entre outros. O 5G oferece uma melhoria de pelo menos 10 vezes no desempenho da Internet. A última grande atualização da rede foi o 4G, que estreou em 2009, com uma velocidade de pico de cerca de 10 megabytes por segundo. Em comparação, o 5G está pronto para fornecer velocidades de pico entre 10 e 20 gigabytes por segundo. E a latência de rede cairá de 30 milissegundos para cerca de 1 milissegundo, ideal para streaming de jogos, transmissões e a Internet das Coisas, que prevê o 5G para conectar sensores, computadores e outros dispositivos com latência ultrabaixa. Até deve melhorar a evolução dos carros autônomos.
Assim como as tecnologias móveis anteriores, as redes 5G dependem de sinais transportados por ondas de rádio transmitidas entre uma antena e o seu telefone celular. O 5G usa ondas de frequência mais altas do que as redes móveis anteriores, permitindo que mais dispositivos tenham acesso à internet ao mesmo tempo e em uma velocidade mais rápida. Preocupações sobre o 5G são as mais recentes manchetes sobre os perigos da radiação eletromagnética. Controvérsias semelhantes não são novidade – o mesmo aconteceu com o lançamento do Wi-Fi. A hipersensibilidade eletromagnética, por exemplo, é uma doença hipotética na qual certas pessoas experimentam sintomas debilitantes na presença de radiação, como telefones celulares e Wi-Fi.
Mas, apesar de certas pessoas dizerem ter tal sensibilidade há pelo menos 30 anos, estudos científicos descobriram que essas pessoas não sabem dizer quando estão na presença de um campo eletromagnético, e a própria OMS recomenda a avaliação psicológica para esses casos, isto é, os sintomas são apenas psicológicos. Da mesma forma, décadas de estudos não encontraram nenhuma ligação entre telefones celulares e o câncer. Isso não impediu, no entanto, que cidades como São Francisco, nos Estados Unidos, criassem uma lei exigindo que as lojas exibissem a radiação emitida pelos aparelhos, o que implica na mente dos consumidores um risco. Importante mencionar que essa mesma lei foi derrubada em 2013.
Deixe um comentário