Todo ano temos novos furacões, tornados, terremotos e outros desastres naturais ao redor do mundo. Embora algumas áreas sejam impactadas com mais frequência por esses desastres naturais do que outras, a maioria das pessoas teme esses eventos extremos.
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SUPERVULCÃO DE YELLOWSTONE
O parque nacional de Yellowstone, localizado no noroeste dos Estados Unidos, fica em uma grande câmara de magma, parte de um super vulcão que, no passado, chegou a explodir cerca de mil quilômetros cúbicos de cinzas em uma de suas várias erupções. Esses desastres de explosões passadas servem como pistas para entender o que aconteceria se houvesse outra megaexplosão em Yellowstone. Se uma super erupção futura se assemelhar as antigas, a lava corrente não será uma grande ameaça. Os fluxos de lava mais antigos de Yellowstone nunca viajaram muito além dos limites do parque. Para os vulcanologistas, a maior preocupação são as cinzas lançadas pelo vento. Imagine um círculo de cerca de 800 quilômetros ao redor de Yellowstone; estudos sugerem que a região dentro deste círculo pode ver mais de 10 cm de cinza no chão, sendo bastante devastadoras para os Estados Unidos. Um dos próximos desastres de super erupção do vulcão Yellowstone, que pode acontecer a qualquer momento, provavelmente expelirá vastas quantidades de gases como dióxido de enxofre, que reflete parte da luz solar de volta ao espaço. O resfriamento climático resultante pode durar até uma década. A mudança climática temporária pode alterar os padrões de chuva e, juntamente com geadas severas, causar perdas generalizadas de colheitas e fome no país.
MEGATERREMOTO NO CHILE
Em 1 de abril de 2014, aconteceu um tremor de terra de magnitude 8.2 graus na escala Richter a 97 quilômetros da costa noroeste do Chile, perto da cidade de Iquique, causando deslizamentos de terra e um tsunami. Este terremoto criou a possibilidade de um tremor ainda maior no país em um futuro próximo. O evento se originou a partir de uma zona de subducção onde uma placa tectônica, a de Nazca, está mergulhando por baixo de outra, a da América do Sul. Essa zona de subducção fica dentro do “Anel de Fogo”, um arco no Pacífico contendo 75% dos vulcões ativos do mundo, o que causa grande parte da atividade sísmica do planeta. Quando uma placa tectônica se move sob outra, as falhas podem sofrer desastres de grandes quantidades de estresse e qualquer liberação de tensão causa atividade sísmica, ou seja, terremotos. O terremoto de abril de 2014 aliviou apenas 33% da tensão sobre a falha, deixando o resto para um futuro próximo.
ERUPÇÃO DO MONTE FUJI
A Agência Meteorológica do Japão monitora a atividade sísmica e os vulcões ativos no país. Dos 110 vulcões, 47 são considerados “ativos”, o que significa que entraram em erupção nos últimos 10 mil anos ou pelo menos expeliram gases. Os cálculos mostram que o Japão deve ter uma grande erupção vulcânica a cada 38 anos. Atualmente, 15 “eventos vulcânicos” acontecem por ano. Na lista de 47 vulcões japoneses ativos está o famoso Monte Fuji, o mais alto do país, com 3.776 metros de altitude. Em julho de 2014, uma equipe científica francesa e japonesa divulgou um relatório alegando que o Monte Fuji está entre os vulcões com maior probabilidade de erupção, causando preocupação para muitos cidadãos. O pico está localizado a apenas 100 quilômetros da capital Tóquio. Se o vulcão explodir, a equipe prevê desastres que serão necessários evacuar cerca de 750 mil pessoas, e a cidade provavelmente ficaria coberta de cinzas.
O MAIOR TSUNAMI DE TODOS OS TEMPOS
Simon Day, da UCL e o Steven Ward, da Universidade da Califórnia, prevêem que o vulcão Cumbre Vieja, nas Ilhas Canárias, entrará em erupção e criará o maior tsunami da história. Em seu artigo escrito e publicado em conjunto sobre o assunto em 2001, Day e Ward propõem a hipótese de que uma ruptura na estrutura do vulcão ocorreu durante sua última erupção. Se o Cumbre Vieja voltar a entrar em erupção, seu lado esquerdo se tornaria um deslizamento de terra que causaria o maior tsunami da história registrada. Eles deduziram que a onda monstruosa viajará a 800 quilômetros por hora, com até 100 metros de altura no primeiro impacto com a terra. Mas esse é apenas o pior cenário. Se um deslizamento de terra causado por uma erupção em Cumbre Vieja acontecer, é mais provável que toda a massa de terra não caia no mar de uma só vez. Um deslizamento de terra mais fragmentado não causaria um tsunami tão grande. A onda pode atingir o Norte e Nordeste do Brasil, outros países do norte da América do Sul, todo o Caribe e costa leste dos Estados Unidos.
O BIG ONE
O Serviço Geológico dos Estados Unidos acredita que um terremoto de magnitude 8.0 ou maior atingirá a Califórnia nas próximas décadas. O “Big One” refere-se ao terremoto que muitos californianos temem há anos. Segundo os pesquisadores, há uma chance de 7% do chamado Big One ocorrer nos próximos 30 anos. As chances de um terremoto de magnitude 6.5 a 7.0 estão em 30%. Se isso de fato acontecer, provavelmente viria do rompimento da falha de San Andreas. Ele deve causar muita destruição em toda a Califórnia e outros estados próximos. Um “cenário de crise realista” a ser usado para o planejamento de emergência foi criado por 300 cientistas e detalha a ocorrência e os danos do terremoto por meio de projeções computadorizadas de dados históricos, que preveem um terremoto que produzirá ondas de choque que percorrerão quase 12 mil quilômetros por hora, causando graves danos às principais rodovias e edifícios. A Casa Branca concedeu 5 milhões de dólares a uma equipe da Caltech, Berkeley e Universidade de Washington, que desenvolveram um sistema de alerta precoce para alertar as pessoas 40 segundos antes de um terremoto acontecer.
MEGA TEMPESTADE SOLAR
O Sol tem um “ciclo”, o que significa que diminui ou aumenta a sua atividade, como explosões e manchas solares. A maior explosão recente ocorreu em julho de 2012, quando uma ejeção de massa coronal, abreviada de CME, passou pela órbita da Terra e atingiu a estação espacial Stereo-A. Uma CME é a ejeção solar de uma nuvem de bilhões de toneladas de plasma magnetizado que tem o infeliz efeito colateral de agir como um pulso eletromagnético nos eletrônicos da Terra, fazendo-os parar de funcionar. Uma tempestade vinda do sol geralmente vem acompanhada de uma erupção solar, altos níveis de radiação ultravioleta, partículas energéticas que destroem os componentes eletrônicos cruciais dos satélites e muitas CMEs.
Se uma forte tempestade solar atingir a Terra em cheio, potencialmente irá derrubar as comunicações de rádio, GPS e satélite, afetando o uso de milhões de eletrônicos em todo o mundo. As redes de energia também podem ser afetadas devido a picos causados pelas partículas energéticas, possivelmente causando grandes apagões no mundo semelhantes ao ocorrido em Quebec, no Canadá, em 1989. Os custos econômicos são estimados em 1 a 2 trilhões de dólares no primeiro ano de impacto, com uma recuperação completa levando de 4 a 10 anos, de acordo com o Conselho Nacional de Pesquisa dos Estados Unidos. Vale lembrar que as previsões feitas são o ponto de vista do “pior cenário”. Dito isto, as principais empresas de energia estão cientes dos efeitos da atividade solar e investem pesado para se defender.
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