Terra: 8 Curiosidades Impressionantes

Terra: O Planeta Azul. Ou, como diria Carl Sagan, “Um pálido ponto azul, um palco muito pequeno em uma vasta arena cósmica”. A Terra é o terceiro planeta do Sistema Solar em proximidade com o Sol, como também o mais denso deles, além de ser o quinto maior dos oito planetas. É o nosso lar e, por sinal, o único lugar conhecido capaz de abrigar a vida que conhecemos. Por isso, precisamos cuidar e nos importar com o rumo que nosso planeta está tomando, pois não há indícios de que ajuda virá de algum lugar para nos salvar de nós mesmos.

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CERCA DE 95% DO OCEANO AINDA É UM MISTÉRIO PARA NÓS

Apesar da água cobrir 71% da superfície da Terra, você acredita que exploramos apenas 5% dos oceanos? Só de pensar na Fossa das Marianas, o local mais profundo já descoberto, ficamos assustados. Ali cabe o Monte Everest inteiro, e sobre espaço. Imagine só o resto?

A luz solar não penetra além dos 275 metros de profundidade, sendo que a maioria das águas oceânicas escurecem a uma profundidade ainda menor que 30 metros, tornando a exploração muito mais difícil do que a de outros planetas, por exemplo. Há muito que ainda precisamos conhecer: milhões de espécies não descobertas existem debaixo d’água, mas muitas podem ser extintas antes que tenhamos a oportunidade de encontrá-las e estudarmos mais a fundo, considerando que acidez do oceano aumentou 30% desde o início da Revolução Industrial até agora. Essa acidez destrói os recifes de coral e outras formas de vida oceânica.

Para piorar a situação, os seres humanos frequentemente retiram muitas espécies de seus habitats naturais por conta da pesca, sendo a pesca de arrasto capaz de, literalmente, destruir a vida marinha. Para piorar ainda mais o cenário, nós despejamos cerca de 180 milhões de toneladas de resíduos tóxicos na água da Terra a cada ano. O que é lamentável, já que o oceano pode ter chaves para entender ecossistemas complexos, curas para doenças e muito pode nos dizer sobre o nosso próprio planeta.

O NÚCLEO DA TERRA É TÃO QUENTE QUANTO O SOL

Você já deve ter aprendido na escola que a Terra é dividida em três camadas: o núcleo que é composto por rochas e metais derretidos por fora e denso no centro; o manto, que consiste em rocha sólida, responsável por cerca de 84% do volume da Terra; e a crosta, que é uma camada b super fina capaz de sustentar a vida.

Como o núcleo é a camada mais fora de alcance para nós, é o lugar mais perigoso do planeta, certamente. Estima-se que o núcleo externo da Terra tenha 2.300 quilômetros de espessura e uma temperatura de mais de 3.900 graus Celsius, com ferro e níquel derretidos com uma viscosidade parecida com a da água.

Já o núcleo interno é uma esfera de liga de ferro de 1.207 quilômetros de espessura. É esse núcleo que gera o campo magnético que protege o planeta das adversidades do espaço. Sua temperatura é de cerca 6.100 graus Celsius, o que o torna mais quente que a superfície do sol, que é de cerca de 5.400 graus. Pelo simples fato de não sermos capazes de nos aprofundar nas porções absurdamente quentes do interior da Terra, confiamos na sismologia para obter essas informações– lembrando que os valores são hipotéticos, podendo mudar conforme mais e mais estudos se avançam sobre o planeta.

E, por falar em coisas quentes como o Sol, você sabia que um dia ele engolirá a Terra?

O SOL ENGOLIRÁ A TERRA

Parece um “futuro brilhante”, não é mesmo? Brilhante até demais. Principalmente para nós, pobres mortais.

O Sol está lentamente se expandindo e ficando cada vez mais luminoso e, nos próximos bilhões de anos acabará desidratando a Terra, deixando-a quente como uma brasa e inteiramente inabitável.

Daqui entre 5 e 6 bilhões de anos, o Sol atingirá seu tamanho máximo como uma gigante vermelha: sua superfície se estenderá além da órbita da Terra hoje e brilhará 3 mil vezes mais. Em sua fase final, o Sol entrará em colapso e se transformará em uma anã branca.

Apesar dos cientistas serem unânimes sobre o futuro do Sol, no entanto, há controvérsias sobre o que supostamente aconteceria com a humanidade. Se nossa espécie ainda estiver viva até lá, muitos argumentam que já teríamos desenvolvido tecnologia para colonizar planetas em outros sistemas solares.

INVERSÃO DOS POLOS

A troca de polos magnéticos Norte e Sul são bem comuns e já ocorreram inúmeras vezes no passado, e continuarão acontecendo. A última inversão ocorreu há 780 mil de anos, conforme registros em rochas vulcânicas.

O campo magnético ao redor do planeta nos protege da radiação extrema e é afetado pelo movimento do núcleo externo da Terra, enfraquecendo em algumas áreas e fortalecendo em outras. As atividades magnéticas incomuns que se seguem podem indicar que este processo de inversão já pode, inclusive, estar se iniciando. A única coisa que pode sofrer com esta reversão é a tecnologia, e a maior preocupação é que os cientistas não tem ideia do que pode acontecer.

O problema é a ausência de acontecimentos recentes que nos poderiam ajudar a antever as consequências da inversão dos pólos. O melhor exemplo que temos é o Evento de b, uma poderosa tempestade magnética que aconteceu em 1859. Na ocasião, sistemas de telégrafos falharam completamente.

Após a mudança total, a seta vermelha da bússola, que hoje aponta para o norte, passará a apontar para o sul. Mas até a mudança ser finalizada, teremos um período caótico em que múltiplos pólos podem formar-se de uma vez só, confundindo as bússolas e os animais que usam o campo magnético para se orientarem. Esse período pode durar milhares de anos.

EXISTEM TUBOS DE PLASMA FLUTUANDO SOBRE A TERRA

Há muitas coisas que ainda não sabemos sobre o nosso mundo e, em 2015, astrônomos capturaram pela primeira vez evidências visuais de estruturas tubulares de plasma nas camadas internas da magnetosfera ao redor do planeta.

Por mais de 60 anos essas estruturas foram apenas imaginadas, sendo que agora já foram, finalmente, identificadas. A descoberta dessas estruturas é essencial porque elas causam distorções de sinal indesejadas que podem, por exemplo, afetar os nossos sistemas de navegação civis e militares baseados em satélite, sendo fundamentais entendê-las para que possamos contornar a situação.

A TERRA É ATINGIDA POR 17 METEOROS POR DIA

Todos os dias, cerca de 17 pequenos meteoros caem em terra ou em mar todos os dias. Não percebemos essa atividade por conta das quedas ocorrerem em áreas desabitadas, sobretudo nos oceanos, porém às vezes uma queda ou outra nos chama a atenção. Como por exemplo um pequeno asteroide que atravessou o céu do meio-dia e explodiu sobre o oeste de Cuba. Ninguém ficou ferido, mas foi um lembrete de que podemos ser pegos de surpresa!

Estima-se que, para todo impacto que é realmente visto por alguém, outros 770 mergulham no mar ou caem em um deserto, floresta ou em outros locais tão remotos que ninguém vê isso acontecer.

A LUA ESTÁ SE DISTANCIANDO DA TERRA

A velocidade com que a Lua está se afastando do planeta pode afetar a vida aqui, apesar que isso vai acontecer somente daqui alguns bilhões de anos.

Se você leu ao nosso artigo que explica o que aconteceria se a Lua sumisse, sabe que e a Lua se formou quando um protoplaneta do tamanho de Marte, chamado “Theia”, colidiu com a Terra primitiva há cerca de 4 bilhões e meio de anos. Os destroços que sobraram do impacto se condensaram e formaram a Lua. Várias simulações para suportar a hipótese foram feitas e, de acordo com dados e cálculos, a Lua também já esteve bem mais próxima da Terra – cerca de 22 mil e 500 quilômetros de distância, sendo que hoje está há 402 mil km de distância.

A migração do nosso satélite natural para longe de nós se deve principalmente à ação das marés, já que a Lua é mantida em órbita pela força gravitacional que a Terra exerce sobre ela. Mas a Lua também exerce uma força gravitacional em nosso planeta, causando as marés altas. A Lua se afasta 3,78 centímetros por ano e, embora não pareça muito, essa pequena diferença, daqui a milhões de anos, será significativa.

A TERRA É APENAS UM PONTINHO NA IMENSIDÃO CÓSMICA

Não é segredo que o nosso planeta é consideravelmente bem menor que o Sol, mas o contraste é escandaloso!

Você sabia que 109 Terras poderiam caber ao longo da face do Sol? É isso mesmo, só na face do Sol. Porque nele inteiro, caberiam 1 milhão e 300 mil Terras. O Sol contém 333 mil vezes a massa de nosso planeta e compreende 99,8% da massa do nosso sistema Solar.

Mas não para por aí. O Sol não está nem perto da maior estrela que conhecemos, a Canis Majoris, ela é cerca de duas mil vezes maior que o Sol. Compare isso com o tamanho da Terra e, de repente, perceberemos que somos muito pequenos. Tão pequenos que, todos os conflitos que criamos, parecem insignificantes.