Traiçoeiros e perigosos, os desertos normalmente não fazem parte da lista de destinos dos sonhos da maioria de nós. Mesmo assim, esses lugares extremos também guardam seus mistérios.
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MÃO DO DESERTO
Há muitas coisas estranhas que você pode encontrar durante uma caminhada no deserto do Atacama, no Chile.
Mas você definitivamente não iria esperar encontrar uma mão gigante bem no meio do nada, não é mesmo?
É por isso que a escultura chamada “A Mão do Deserto” atrai tanta atenção. É uma obra de arte do escultor chileno Mario Irarrazabal. A ideia do artista era mostrar a fragilidade do ser humano perante a natureza.
CIDADE FANTASMA
No meio do deserto da Namíbia, na África, há uma cidade abandonada, que pouco a pouco vai sendo tomada pela força da natureza.
Estamos falando de Kolmanskop, um antigo reduto de famílias alemãs que se mudaram para o país africano após a descoberta de diamantes em meados de 1908.
A indústria da mineração foi o motor da cidade durante muitos anos, e Kolmanskop chegou a contar com uma infraestrutura invejável, com teatros, cassinos, hospitais e casas de luxo. Mas assim como a mineração fez a cidade florescer, ela também foi responsável pelo seu declínio.
Em 1954, com o encerramento das atividades de extração, a cidade foi sendo abandonada aos poucos, ficando totalmente à mercê do deserto.
Hoje, as únicas pessoas que passam pela cidade são os fotógrafos dispostos a testemunhar as areias engolindo lentamente uma cidade outrora próspera.
DESERT BREATH
Se você um dia estiver passeando virtualmente pelo Google Earth e passar no deserto do Egito, próximo à costa do Mar Vermelho, você pode pensar que está vendo algum tipo de estrutura extraterrestre. Mas na verdade, o chamado ‘Desert Breath’ é uma obra de arte humana, idealizada por artistas gregos.
A instalação enorme de 100 mil metros quadrados em si consiste em diversos cones em espiral, que terminam em uma espécie de piscina com 30 metros de diâmetro. Ao todo, foi necessário movimentar quase 8 mil metros cúbicos de areia para concluir o projeto.
Mas os próprios artistas estão bem cientes de que a área está sujeita à erosão natural, o que significa que daqui algum tempo, os cones serão totalmente varridos do deserto, que voltará a ser apenas uma monótona planície.
CÍRCULOS DE FADAS
Há muito tempo, os cientistas se intrigam com a presença de uma série de círculos em meio à vegetação no deserto da Namíbia, em um fenômeno que ficou conhecido como ‘Círculos de Fadas’.
O que ninguém sabe dizer com certeza é a origem dos círculos, assunto que já rendeu diversas teorias da conspiração. Para alguns, trata-se da obra de seres alienígenas, para os mais sensatos, o culpado é o vento ou as queimadas.
Existem, no entanto, duas ideias fortes tentando explicar os Círculos de Fadas.
Uma delas diz que os círculos são causados por cupins, que abrem espaço na vegetação para fazer seus ninhos.
Outros teóricos dizem que, na verdade, os círculos são resultado da escassez de água, que faz com que as plantas passem a competir entre si pelo recurso necessário para a sobrevivência.
CEMITÉRIO DE BALEIAS
Uma cena mórbida foi vista durante a realização de obras em uma rodovia que passa nas proximidades do deserto do Atacama, em 2014. Lá, é possível ver os restos mortais de diversas baleias saindo da areia.
Análises dos ossos feitas em laboratório sugerem que os restos mortais pertencem a quatro baleias que morreram após ingerir algas tóxicas. Os animais acabaram sendo arrastados pela correnteza até um estuário, provavelmente há cerca de 5 milhões de anos.
Ao longo dos milênios, esses animais permaneceram cobertos pela areia, até que finalmente acabaram sendo revelados.
LINHAS DE NAZCA
Em meados dos anos 30, com a chegada dos voos comerciais ao Peru, as famosas Linhas de Nazca ganharam as manchetes. Esses desenhos gigantescos, chamados de ‘geoglifos’, ficam na região árida entre as cidades de Nazca e Palpa.
A partir da descoberta dos desenhos, várias hipóteses foram criadas para tentar explicar a sua origem.
Obviamente, os alienígenas foram novamente culpados por parte do público, que simplesmente não conseguia entender como os desenhos foram parar lá.
Hoje em dia, ainda não se sabe exatamente o motivo por trás dos desenhos, mas a grande maioria dos cientistas concorda que eles provavelmente foram feitos pelo povo Nazca, que viveu na região entre os anos 400 e 650.
Os desenhos geométricos podem indicar o fluxo de água ou estarem ligados a rituais para convocá-la.
As aranhas, pássaros e plantas podiam ser símbolos de fertilidade. Outras explicações possíveis incluem sistemas de irrigação ou enormes calendários astronômicos.
CIDADE EGÍPCIA NA CALIFÓRNIA
Pouca gente sabe, mas há uma cidade egípcia enterrada nas areias ao norte de Santa Barbara, nas dunas de Guadalupe-Nipomo. Não são ruínas de uma civilização antiga, e sim o que restou do cenário do filme ‘Os Dez Mandamentos’, do diretor Cecil DeMille.
O longa, gravado em 1956, foi uma das produções mais caras da história de Hollywood, e o diretor simplesmente não quis deixar o cenário para outros produtores.
Ao mesmo tempo, a equipe não tinha dinheiro para contratar uma empresa especializada no desmonte desse tipo de cenário. Por isso, reza a lenda que o diretor simplesmente ordenou que o cenário fosse destruído e abandonado no meio do deserto.
MONÓLITO
Enquanto sobrevoavam o deserto de Utah, oficiais avistaram uma cena fora do comum. Um bloco metálico à la 2001 – Uma Odisseia no Espaço – pairava sobre o meio do nada. Com mais de 3 metros de altura, o monólito estava fincado entre rochas avermelhadas.
Ainda não se sabe quem instalou a peça ali, mas as autoridades suspeitam que pode ser sido algum artista fã do clássico.
Outros acreditam que o bloco é uma homenagem ao artista minimalista John McCracken, que faleceu em 2011.
O departamento de Segurança Pública de Utah soltou uma nota dizendo que “é ilegal a instalação de estruturas ou objetos de arte sem autorização em terras federais, não importa de que planeta você venha”.
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