O quão bem você conhece os buracos negros? E o que aconteceria se você caísse em um? Vamos supor que você é um astronauta explorando o espaço em busca de um planeta habitável, se depara com um buraco negro e decide explorá-lo de perto. Você teria alguma chance de sobreviver? Descubra o que poderia acontecer com uma pessoa que caísse em buraco negro.
Apesar do termo, um buraco negro não é um ponto escuro e vazio. Esses corpos celestes se formam quando uma estrela muito pesada morre, deixando seu núcleo pequeno e denso para trás. É um evento chamado supernova. Se a massa desse núcleo for no mínimo 3 vezes maior que a massa do nosso Sol, a gravidade oprime todas as outras forças e o núcleo colapsa sobre si mesmo, até o ponto em que vira um buraco negro. Mas não deixe o nome o enganar: ele não é um buraco de verdade, mas sim uma quantidade enorme de matéria empacotada em um espaço muito pequeno.
O Sol, por exemplo, possui um campo gravitacional 28 vezes mais forte que o da Terra. Isso significa que se você pudesse caminhar em nossa estrela, você seria 28 vezes mais pesado do que é agora. Agora imagine comprimir 4 sois em algo menor do que 24 quilômetros de diâmetro, a força gravitacional seria muito maior, e atrairia tudo o que estivesse perto.
A gravidade de um buraco negro é tão grande que nem mesmo a luz pode escapar. Esse é o motivo pelo qual você não pode vê-lo diretamente, apenas pelo gás das estrelas sendo sugadas no momento, ou através das explosões de raios gama que eles emitem ao ejetar matéria. Essas explosões, descobertas por Stephen (Istifen) Hawking levam seu nome: Radiação Hawking. O cientista até mesmo acreditava que os buracos negros podiam ser passagens para outros universos.
Então, se você caísse em um, você se encontraria em uma outra dimensão?
Todo buraco negro possui um horizonte de eventos, o limite em que a gravidade se torna tão forte que é impossível retornar. Há dois tipos de buracos negros, e você morreria em qualquer um que tentasse entrar. Mas vamos imaginar uma hipotética nave espacial capaz de te proteger nessa aventura. Os buracos negros descritos até agora são os estelares, formados pela morte de uma estrela gigante. Se você se aproximasse do horizonte de eventos de um desses, você se moveria cada vez mais rápido, acelerado pela força da gravidade cada vez maior. Isso não seria nada agradável.
Se os pés caíssem primeiro, suas pernas sentiram uma força gravitacional maior que sua cabeça. Seu corpo se tornaria praticamente um espaguete, e sua nave já teria se despedaçado. Nesse caso, não haveria nave avançada o suficiente que pudesse te proteger.
Mas há um outro tipo de buraco negro: o supermassivo.
Esses tem a massa de milhões de sóis. Há inclusive um no centro de nossa própria galáxia, a Via Láctea. Mas não é preciso ter medo. Esse monstro cósmico está a 265 quatrilhões de quilômetros de distância de nós. Um buraco negro supermassivo é muito maior que o estelar, portanto, a gravidade estaria distribuída de maneira mais uniforme. Se sua nave pudesse suportar uma aceleração quase que igual a da velocidade da luz, você poderia cruzar o horizonte de eventos. Do seu ponto de vista, o tempo continuaria a decorrer normalmente, mas um observador na Terra o veria praticamente congelado. Isso acontece porque o tempo também muda por causa da colossal gravidade dos buracos negros. Um segundo para você seria o equivalente a centenas, milhares ou milhões de anos aqui na Terra. Se fosse possível retornar, você poderia ter viajado milhões de anos para o futuro.
Ao atravessar o horizonte de eventos, você navega direto para o destino mais agourento da natureza, uma singularidade, um ponto de densidade infinita, onde você seria comprimido até a morte. Há, no entanto, diferentes teorias do que poderia acontecer ao atravessar o horizonte de eventos. Alguns cientistas teorizam que as partículas que entram um buraco negro podem acabar indo parar em outro universo. Outros pensam que tudo o que entra em um buraco negro é dilacerado, e todas as partículas ficam presas no horizonte de eventos na forma de um holograma. Seja como for, não parece ser um destino nada agradável.
Deixe um comentário